LINGUAGEM DO CINEMA
Hoje iremos falar um pouco dos fundamentos mais comuns na linguagem cinematográfica. Podemos começar falando de um exemplo básico mais que provavelmente todo mundo já se deparou ou vai se deparar em algum momento da vida. Vamos lá quantas vezes você já não foi no cinema e se encantou com uma cena, ou com uma sequência, ou por que não com um filme inteiro, não é mesmo! Pois é. Existem muitos conceitos que estão por trás da linguagem cinematográfica e que faz criar toda uma estética de expressão rica e feita para capturar a atenção do público de maneira natural.
Você pode tirar algumas ideias a parti de alguns exemplos que iremos deixar no decorrer desse artigo . Você com certeza passará a ver os filmes de uma forma totalmente diferente aprendendo a ver sinais e provocações nem sempre muito clara mas bastante utilizado para se expressar e decodificar essas mensagens, observando como elas são utilizadas em diversos exemplos reais da história do cinema mundial.
Unidades Fílmicas da Linguagem Cinematográfica
Assim como na língua falada, onde usamos letras, fonemas, palavras e frases completas, na linguagem do cinema existem também unidades formadoras que constituem essa gramática audiovisual.
A linguagem cinematográfica trabalha de forma estruturada como toda comunicação, explora a subjetividade, o olhar do espectador e sua percepção.
As imagens são organizadas para produzir um sentido, e estas imagens podem ser uma representação do real ou uma imagem imaginária, como vemos principalmente em filmes de ficção. Vale lembrar que a subjetividade será sempre diferente para cada espectador, pois ela é moldada a partir das experiências culturais vividas por cada um, e é exatamente isso que forma o seu olhar e percepção.
Conheça algumas delas abaixo:
PLANO
Intervalo existente entre dois cortes. Compreende tudo o que acontece entre um corte e outro.
CENA
Plano ou conjunto de planos situados no mesmo local e que se desenrolam em um espaço de tempo determinado.
SEQUÊNCIA
Cena ou conjunto de cenas que formam uma unidade narrativa distinta, ou seja, a pontuação de uma pequena história dentro do grande arco dramático que é o filme.
PLANO-SEQUÊNCIA
Unidade narrativa distinta que se desenrola em um único plano. É uma pequena história inteira contada dentro de um único plano, sem cortes. Este recurso é muito utilizado para trazer o espectador ao tempo do filme, uma espécie de simulação da realidade.
O diretor Alfonso Cuáron afirma que, sempre que você corta, você está lembrando o seu espectador de que aquilo que ele está assistindo é um filme, que é diferente da vida real. Sua proposta, portanto, é criar no público maior veracidade ao plano-sequência.
Nomenclatura de enquadramentos no set de filmagem
Essas nomenclaturas não definitivas, nem são regras escritas em pedra, ou seja, podem ser chamadas de diversas formas. O importante é que a equipe chame os enquadramentos da mesma forma e fale a mesma língua, para facilitar o trabalho no set.
Outro ponto importante de entender é uma regra atribuída a Alfred Hitchcock: o tamanho das coisas no quadro é proporcional à sua importância na história naquele momento.
Por isso, o ponto de referência é o tamanho dos personagens dentro do enquadramento. Veja abaixo dos principais enquadramentos utilizados no cinema:
Grande Plano Geral
Os personagens aparecem pequenos em meio à uma grande paisagem. Neste momento da narrativa, o plano quer valorizar o ambiente, não os personagens. Serve para mostrar ao público onde a ação que vai se desenrolar está acontecendo.
Plano geral
Os personagens já aparecem maiores, embora ainda seja mais valorizado o cenário do que os personagens. Este enquadramento funciona para situar o público na geografia da ação.
Plano médio
Corta o personagem na altura da cintura para que o ator apareça maior e mais presente. É interessante para mostrar de forma mais próxima a expressão dos atores e o comportamento dos personagens, ainda dando uma noção onde os personagens estão inseridos.
Plano americano
Este enquadramento recebe esse nome por ser muito utilizado nos filmes de faroeste. Uma variação do plano médio, corta o personagem um pouco acima dos joelhos, mostrando um pouco da expressão e parte da ação.
Primeiro plano
Corta na altura do peito do personagem. Não valoriza mais o cenário, mas foca na expressão e no rosto do personagem.
Close-up
Neste enquadramento, rosto e expressão do personagem são elevados à potência máxima. Muitos especialistas dizem que neste enquadramento é possível definir quem realmente é um bom ator.
Plano-detalhe
Super fechados em elementos ou objetos específicos da cena.
Plano conjunto
Enquadramentos onde existe mais de um personagem. Ideal para diálogos ou interações físicas de forma mais realista. Sensação de realidade e presença.
Plongée
Enquadramento de cima pra baixo. Diminui o personagem e transfere a ele uma certa sensação de impotência, sem controle da situação.
Contra-plongée
Enxergando o personagem de baixo pra cima e conferindo imponência, força.
Over the shoulder
Enquadra o personagem centro da atenção por cima do ombro de outro personagem. Certamente um enquadramento ideal para diálogos, dando atenção a um personagem específico dando referência a ações, reações e localização do espaço do outro personagem com o qual o principal está interagindo.
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Por fim, comente aqui embaixo se já conhecia alguns destes conceitos ou se já trabalhou em alguma produção e quais os equipamentos que foram utilizados.
Até a próxima, pessoal!
Fonte de pesquisas: https://blog.ozi.com.br/fundamentos-linguagem-cinematografica/
https://medium.com/@walisonfsilva/linguagem-cinematogr%C3%A1fica-conceitos-b%C3%A1sicos-5d559813ecdc